quarta-feira, 11 de junho de 2008

Como esquecer um homem, final

- Ô, Caduzinho! Abandonou a gente, mano?

- Que é isso, João. É que achei essas amigas lá na frente e fiquei lá com elas.

- Ah, ta explicado, então. Não quer apresentar não?

As duas ficam tímidas.

- Opa! Essa aqui é a Marcela e a piradinha do lado é a Fabi.

- Mas que bela reputação eu tenho!

No ouvido de Fabi:

- Você não falou que ta interessada? To te ajudando!

- Piradinha, é? Com essa cara de anjo?

- Ih, você não viu nada...

- Cadu!!

- Haha, não fica brava não... As piradinhas são as mais legais.

- Legais, sei. João, né? Sei muito bem o que são meninas legais.

- Ô, não fala assim! Vai, vamos fazer as pazes. Vem pegar uma breja comigo.

- Quer alguma coisa, Má?

- (cochichando) Como se você fosse mesmo voltar... haha

- Acho que sua amiga te abandonou, Marcelinha.

- É, tudo bem. Foi por uma boa causa.

- E a sua “boa causa”, cadê?

- (corando) Minha boa causa? É. Boa pergunta.

- Ah, é que você também não ta olhando direito.

- Então me ensina a olhar.

(Marcela passaria o resto de sua vida imensamente grata por esse momento inacreditável em que sua timidez simplesmente desapareceu)

..................................................................................................................................

- Hahahaha Boa causa??? Ai, Má. O Cadu já foi melhor em cantadas... Mas e aí? Como foi? Você acha que vocês ficam de novo?

- Não sei... talvez em outra baladinha, mas não acho que ele vá me ligar não. Mas se você quer saber, to ótima assim. No final da balada vi o Nathan pegando uma menina. Não senti nada. Juro! Precisava mesmo de outro cara...

- Outro cara nada amiga. O cara. É só uma coisa que você precisa enfiar na sua cabecinha. Você não amava mesmo o Nathan. Não foi problema de coração partido. Foi problema de vaidade ferida, de auto-estima baixa. Tipo... “Como assim eu não sou perfeita para esse cara?”. Vai dizer que você nunca pensou nisso.

- Ah... assim assim também não... Mas faz sentido isso. Porque, agora que eu peguei o cara "mais lindo do mundo", não dou a mínima pra Nathan nenhum.

- Auto-estima recuperada. Simples assim.

Um comentário:

Helena disse...

final feliz, quem diria