quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Um amigo de Gisele III

Minha curiosidade era tanta para descobrir se Gisele estava mesmo envolvida com algum crime, que cheguei a perder o sono por umas cinco noites, não seguidas, mas intercaladas.

Dei um google em seu nome, perguntei aos meus pais e irmãos se eles sabiam de algo, mas nada. Pensei até em ir à polícia, mas fiquei com medo de que eu acabasse como suspeito de uma história pela qual eu não tinha nada a ver - apenas uma curiosidade quase mortal.

Após um mês com a dúvida angustiante, resolvi ser cara de pau, e ir perguntar aos parentes mais próximos de Gisele se eles não sabiam de nada. Que perda de tempo! Quanta tortura.

- Quê? Envolvida em um crime? Quem te contou isso, Alberto? E acho bom você me falar pois já faz tempo que eu to desconfiada de certas pessoas, que não sabem mais o que pacto do silêncio significa.

Foi a avó de Gisele quem confirmou minhas suspeitas, sem, porém me tranqüilizar. Pelo contrário, fiquei ainda mais aflito. E quando a perguntei sobre qual teria sido o crime, ela respondeu "Olha, se não te passaram a informação completa, não é de mim que você vai conseguir." Agora descobrir os fatos já era uma quesão ainda maior. Extrapolava a curiosidade. E a honra. Durante vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, eu só queria saber:

- Gisele, cara Gisele: o que fizestes tu?

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