Não queria dar bandeira. Achei prudente, após saber a senha secreta, esperar duas semanas para usá-la. Para quem já havia esperado dez anos, o que eram duas semanas?
Catorze dias depois, mal consegui dormir. Também não consegui comer, fazer a barba, ver meus e-mails...
Assim que cheguei ao trabalho, no horário normal – mais cedo chamaria a atenção – dei o login no arquivo de secretos. Em pesquisar, escrevi “Gisele Souza”. Nada encontrado. Tentei pelo outro sobrenome, e escrevi “Gisele Faria”. Também nada. Por mais de três horas, tudo o que eu fiz no trabalho foi escrever na busca de documentos palavras que poderiam me levar ao caso. Nada.
A depressão tomou conta de mim por cerca de um mês. Depois de tudo isso eu teria que desistir? Não podia, não ia agüentar.
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