quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Um amigo de Gisele IV

Minha vida passou a ter um único objetivo: descobrir o Caso Gisele. Estava impotente, porém. Não havia mais uma alma com quem eu pudesse falar. Gisele nunca sabia nada. Nem ela, nem seus pais.

Foi então que resolvi me tornar PM. Entrei para a Escola Militar. Obviamente, muitos me acharam louco. Afinal, eu já era um médico relativamente bem-sucedido. Mas enfrentei-os. Às milhares de perguntas sobre o por quê da minha “maluquice”, respondia ora “não sei”, ora “não convêm lhe dizer”.

E, assim, após dez anos eu já possuía a altoridade de que precisava para ter acesso aos arquivos mais sigilosos sobre crimes ocorridos no Brasil. Tratava-se, na verdade, de uma senha. ARQUIVOSCONFIDENCIAIS.

Como eu não pensara nisso antes?

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